A exposição às tecnologias pode estar prejudicando adolescentes dos centros urbanos. Estudos apontam que estudantes estão dormindo entre uma hora e meia e duas horas a menos do que o necessário por dia. A realidade é diferente na zona rural, onde internet, computadores e videogames não têm atrapalhado as horas de descanso.
A conclusão é resultado de pesquisas que serão apresentadas desta quarta até sábado no 7º Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado em Gramado.
Conforme o neurocientista Fernando Louzada, da Universidade Federal do Paraná, o adolescente necessita dormir em média nove horas por dia. Pesquisas feitas no Paraná e em São Paulo indicam que os jovens com acesso às tecnologias, principalmente computador, dormem entre sete e sete horas e meia por noite, em dias letivos.
Os adolescentes do meio rural conseguem deitar mais cedo. Pelo menos 53% dos entrevistados disseram dormir mais do que nove horas diárias.
O sono dificulta a atenção e atrapalha o desempenho escolar. A privação do sono também está associada à alteração do humor e pode agravar quadros de depressão.
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